Além do Umbral - Livro Um

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Raul Seixas



Se você acha que tem pouca sorte
Se lhe preocupa a doença ou a morte
Se você sente receio do inferno
Do fogo eterno, de Deus, do mal
Eu sou estrela no abismo do espaço
O que eu quero é o que eu penso e o que eu faço
Onde eu tô não há bicho-papão
Eu vou sempre avante no nada infinito
Flamejando meu rock, o meu grito
Minha espada é a guitarra na mão

Se o que você quer em sua vida é só paz
Muitas doçuras, seu nome em cartaz
E fica arretado se o açúcar demora
E você chora, cê reza, cê pede... implora...
Enquanto eu provo sempre o vinagre e o vinho
Eu quero é ter tentação no caminho
Pois o homem é o exercício que faz
Eu sei... sei que o mais puro gosto do mel
É apenas defeito do fel
E que a guerra é produto da paz

O que eu como a prato pleno
Bem pode ser o seu veneno
Mas como vai você saber... sem provar?

Se você acha o que eu digo fascista
Mista, simplista ou anti-socialista
Eu admito, você tá na pista
Eu sou ista, eu sou ego
Eu sou ista, eu sou ego
Eu sou egoísta, eu sou,
Eu sou egoísta, eu sou,
Por que não...



segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Para refletir



Os covardes morrem várias vezes antes da sua morte, mas o homem corajoso experimenta a morte apenas uma vez.

Eterno Legado





A Morte...
Esta presença insondável,
garantida, as vezes inconveniente.
Para uns, banal.
assustadora para muitos.
Sempre chega
Ou sorrateira, ou ostensiva,
e arrogante se vai.
Leva do Homem
Seu corpo, suas memórias.
Eterniza sua insignificância
ou suas obras.
Nos deixa como legado,
um diploma de honra ao mérito
nos anais da história,
ou uma plaqueta tímida,
perdida entre a gramínea,
na paz do cemitério


João Drummond

domingo, 11 de dezembro de 2011

A Fama segundo Einstein


A fama é para os homens como os cabelos - cresce depois da morte, quando já lhe é de pouca serventia.



Poemas da Alcova: Poética

Poemas da Alcova: Poética: De manhã escureço De dia tardo De tarde anoiteço De noite ardo. A oeste a morte Contra quem vivo Do sul cativo O este é me...

Poética



De manhã escureço
De dia tardo
De tarde anoiteço
De noite ardo.

A oeste a morte
Contra quem vivo
Do sul cativo
O este é meu norte.

Outros que contem
Passo por passo:
Eu morro ontem

Nasço amanhã
Ando onde há espaço:
– Meu tempo é quando.






Projete-se em todas a criaturas


Todos os seres vivos tremem diante da violência. Todos temem a morte, todos amam a vida. Projete você mesmo em todas as criaturas. Então, a quem você poderá ferir? Que mal você poderá fazer
                                        Buda